Líder na lista de enfermidades que mais afastaram os brasileiros do
trabalho no último ano, problema pode ser resolvido, muitas vezes, apenas com
mudanças no estilo de vida.
Em 2017, a dorsalgia (nome técnico para dor nas costas) foi a doença que
mais afastou os brasileiros dos postos de trabalho. Foram 83,8 mil casos, e a
doença passou a liderar a lista de enfermidades mais frequentes entre os
auxílios-doença concedidos pelo INSS.
Em nível mundial, o problema atinge mais de 80% da população, segundo
dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), e representa prejuízos financeiros
para as empresas, governo e, claro, para os que sofrem com o problema.
Segundo o reumatologista, Carmo Gonzaga de Freitas, as razões para os
problemas na região lombar podem ser várias, desde associadas à traumas,
doenças como hérnia de disco, tendinite, artrite, infecção renal, ou
simplesmente à má postura e falta de atividade física.
“Antigamente, nós utilizávamos mais nosso corpo. Hoje vivemos na “era do
botão”, costumo dizer que o conforto está acabando com as pessoas. Mesmo com
tanta informação sobre a importância da atividade física, na minha opinião, a
maioria das pessoas ainda pratica exercícios por estética ou para descarregar
energia, e não porque entendem que o corpo foi feito para ser utilizado e que
essa prática ameniza a sua deterioração”, enfatiza o especialista.
A importância da movimentação
corporal
Estudos evidenciam dois grupos etários que se queixam mais de dores nas
costas: dos 20 aos 25 anos de idade e dos 40 aos 60 anos de idade. O primeiro
grupo marca o ingresso no mercado de trabalho e o segundo, a aproximação da
terceira idade. Em ambos os casos, são períodos em que as pessoas tendem a
diminuir a movimentação corporal.
“Não há prejuízo maior para o corpo do que ficar parado. Nesse sentido,
a prática regular de atividade física é um dos meios mais eficazes de prevenção
das dores nas costas. No entanto, isso deve ser feito com orientação de um
profissional, para fins de saúde e correção de más posturas”, aconselha Dr.
Carmo de Freitas.
Outras ações que ajudam a prevenir as
dores nas costas:
Perder peso, para quem estiver acima
do peso.
Não fumar.
Escolher cadeiras confortáveis para
trabalhar e usar o computador.
Caminhar por cinco minutos a cada
duas horas sentado.
Evitar movimentos repetitivos que
envolvam a articulação do ombro.
Evitar carregar, sem preparo, pesos
superiores a 10% de seu peso.
Evitar colchões muito duros ou moles demais.
O que fazer se a dor persistir?
As dores nas costas merecem atenção médica, sobretudo quando são
intensas por mais de um dia e não passam após período de descanso; ou quando se
tornam frequentes com crises que vão e voltam.
Os médicos avaliam as pessoas com dores nas costas levando em conta seus
sintomas e estilo de vida e, com o auxílio de exames de imagens, como
ressonância magnética e tomografia computadorizada, detectam a presença ou não
de doenças que podem estar causando as dores.
Como a maioria dos casos de dores nas costas não tem uma causa
específica, o tratamento tende a ser para o alívio da dor com medicamentos
orais ou sob a pele na região dolorida, acompanhado de compressas de água
quente (tensão muscular) ou gelo (inflamação) e fisioterapia. Acupuntura,
quiropraxia (terapia que usa técnicas manuais, exercícios e orientação
postural) ou infiltrações na coluna com medicamentos anestésicos ou corticoides
também podem ser indicadas pelo médico.
A necessidade de cirurgia para o tratamento de dores nas costas é rara,
e utilizada mais em casos de hérnias de disco invertebral ou estenoses de
coluna, quando essas não respondem ao tratamento clínico, tumores ou fraturas
instáveis na coluna.
Sobre o reumatologista
Carmo
Gonzaga de Freitas foi o primeiro reumatologista da região do Triângulo Mineiro
(MG) e co-fundador de um dos maiores complexos hospitalares de Uberlândia.
Atualmente, representa o Estado e o Brasil em investigações clínicas e
laboratoriais, encontros e congressos internacionais, com destaque para sua
participação anual na EULAR - Liga Europeia de Reumatologia.
Consultório: Av. Vasconcelos Costa, 962 – Bairro
Martins – Uberlândia (MG)
Telefones: (34) 3236-8344 / 9.9265-0001 (whatsapp)
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Oito em cada 10 pessoas sofrem com dores nas costas
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