“Embora os filmes façam parte do nosso cotidiano
dentro e fora das escolas, saber decodificá-lo requer aprendizado e
aprofundamento”.
“A produção cinematográfica está em constante
diálogo com nosso imaginário e utiliza-se de recursos técnicos e estéticos para
criar uma narrativa visual que, além de nos entreter, expande nossos sentidos e
concepções de mundo. E embora as imagens em movimento façam parte do nosso cotidiano
dentro e fora das escolas, saber decodificá-la requer aprendizado e
aprofundamento”. É o que afirma a estudiosa do assunto, Karla Bessa, que esteve
em Uberlândia para ministrar o minicurso “Formação em cinema e audiovisual em
sala de aula”, para professores da Escola da Cidade.
Bessa é pesquisadora do Núcleo de Estudos de Gênero
- PAGU e professora da Pós-graduação em Multimeios da Universidade Estadual de
Campinas - Unicamp, e conta que a estratégia do minicurso foi de aproximar os
professores às ferramentas de leitura estética e política da linguagem
cinematográfica. E a partir disso, estabelecer os possíveis diálogos com as
respectivas disciplinas e áreas de conhecimento de cada professor participante.
“O minicurso teve como objetivo principal pensar as
relações entre imagens e imaginários. A proposta geral foi de aprimorar a
percepção e concepção dos professores do que é um ponto de vista e os modos de
produção da visualidade e do visível na tela. Assim, iniciamos a conversa a
partir de um texto básico, escrito por Vitória Fonseca, sobre o ensino de
história a partir de filmes históricos, e ampliamos o debate com referências
trazidas por Jacques Aumont sobre ‘A estética do filme’, Marcel Martin sobre ‘A
Linguagem Cinematográfica’ e das questões sempre atuais de Edgar Morin sobre as
relações entre ‘O Cinema ou O Homem Imaginário’”, detalhou Karla.
Para a diretora pedagógica da Escola da Cidade,
Esther Guimarães, a formação com Karla Bessa foi uma oportunidade ímpar para os
professores expandirem conceitos sobre como utilizar o cinema e o audiovisual
no processo de ensino e aprendizagem. “No minicurso proferido, de forma
bastante construtiva, a professora Karla trabalhou conceitos e práticas da
construção ensino-aprendizagem tendo como referência o filme brasileiro “Sonhos
Tropicais- A Revolta das Vacinas”. O momento foi bastante reflexivo e
pretendemos manter a cultura de formação profissional e pedagógica na nossa
escola, trazendo mais experiências como esta ao longo do ano letivo”, comentou.
Bibliografia do minicurso ‘Cinema e audiovisual em
sala de aula’:
-Fonseca, Vitória. Cinema e Ensino de História
entre Debates e Práticas. Revista História, Histórias, volume 5, número 9,
jan/jul.2017).
-Aumont, J. & ali. A Estética do Filme.
Campinas: Papirus, 1994.
-Martin, Marcel. A Linguagem Cinematográfica.
Lisboa: Dinalivro. 2005. 3ª. Edição.
-Filme analisado: Sonhos Tropicais – Direção: André
Sturm
Mais sobre a Escola da Cidade
Estudar na Escola da Cidade é como aprender e
encantar-se sobre a vida e as coisas da vida. Educadores qualificados
desenvolvem um grande Projeto Construtivista e democrático em seus diversos
espaços pedagógicos de interação e ludicidade, e promovem a construção do
conhecimento por meio da pesquisa-ação em todas as áreas com sensibilização
para questões socioambientais e culturais. Do Berçário ao Ensino Básico e
Fundamental, cada etapa do desenvolvimento psicopedagógico do aluno é cuidada
para que eles, ao brincarem, aprendam, e ao aprender, amem e sejam amados, ao
mesmo tempo em que são preparados para uma convivência harmoniosa com os
desafios encontrados em seu cotidiano. Em 2018, a escola completa 30 anos e o
tema de sua proposta pedagógica, escolhido democraticamente em assembleia por
alunos, pais e educadores, é ‘A origem de todas as coisas’. Para saber mais,
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Cinema e sala de aula: como utilizar o audiovisual a favor do ensino?
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