A
programação da 54ª edição da Exposição Agropecuária de Uberlândia foi
apresentada na manhã desta quarta-feira (24) no Parque de Exposições do Camaru.
Com apoio da Prefeitura de Uberlândia, a programação do evento,
que acontece de 30 de agosto a 10 de setembro, inclui shows, torneio leiteiro,
encontro internacional de gado senepol, exposição de cavalos e concurso de
queijo artesanal. A expectativa é alcançar a marca de movimentação econômica da
última edição, que chegou a R$ 55 milhões.
“Sempre esperamos mais, e acreditamos
que nossos leilões e as comercializações superem isso. Só que devido
ao momento econômico em que vivemos e ao
preço de nossas commodities,
penso que igualar esse valor seria uma grande marca”, afirmou o presidente do
Sindicato Rural de Uberlândia, Tiago Fonseca.
De acordo com a secretária municipal
de Agropecuária e Abastecimento, Walkíria Naves, o Camaru 2017 é muito mais que
um evento para o agronegócio. “É também um momento em que celebramos o
aniversário de Uberlândia. Mais de 70 mil pessoas que vão passar pelo parque de
exposição terão a oportunidade de conhecer um pouco do campo, do agronegócio e
de estar em contato com os animais”, disse.
O
melhor queijo minas
Além
do torneio leiteiro, que obteve duas quebras de recordes mundiais durante dois
anos consecutivos em Uberlândia, outro destaque do Camaru 2017 será a 2ª edição
do Concurso Regional do Queijo Minas Artesanal. Feito a partir do leite cru, o
queijo minas artesanal é fabricado há mais de 300 anos em algumas partes do
estado. Na região de Uberlândia, a produção teve início com os tropeiros e era
considerada uma importante moeda de troca no escambo.
“Ele foi tombado como Patrimônio
Cultural e Imaterial Brasileiro. Hoje o queijo minas artesanal tem chegado aos
maiores restaurantes do país e os melhores chefes de cozinha utilizam o
produto. Os produtores interessados em regularizar sua atividade e produzir
perante às normas, devem procurar a Emater ou o IMA, pois são órgãos aptos a
orientar, cadastrar e fiscalizar para promover a oferta de um produto de
qualidade e segurança alimentar ao consumidor”, disse o gerente da Emater,
Gilberto de Freitas.
O concurso será realizado no dia 5 de
setembro, às 15h, e estão inscritos oito produtores nessa edição. O júri será
composto por pessoas que conhecem e trabalham com a iguaria, como professores,
profissionais da vigilância sanitária, dentre outros. Os critérios utilizados
na avaliação do júri são visuais, degustativos e físicos.
Os vencedores dos concursos das sete
regiões produtoras de queijo Minas (Araxá, Campo das Vertentes, Canastra,
Cerrado, Serra do Salite, Serro e Triângulo), realizados pela Emater, vão
disputar o 11º Concurso Estadual do Queijo Minas Artesanal, que acontece em
2018.
Para
cada quilo de queijo, cerca de sete litros de leite são utilizados pelo
produtor e um dos candidatos ao título, Dário Peixoto. Vindo de Araguari, ele fabrica mensalmente cerca de
600 queijos e fala dos benefícios da certificação da iguaria. “Produzo há cinco
anos e obtive a certificação há um ano. A regularização ajudou bastante para
comercializar e aumentar os rendimentos. Hoje vendo direto para o Ceasa de
Uberlândia”, comentou.
Regularização
do queijo em Uberlândia
Em 2006, durante o primeiro mandato do prefeito
Odelmo Leão, ciente da qualidade do queijo minas
produzido artesanalmente no município, a Prefeitura de Uberlândia buscou a
inclusão da cidade no circuito do queijo do estado. Em 2010, o executivo
elaborou uma legislação que, posteriormente, possibilitou incluir a região do
Triângulo Mineiro como uma das sete do circuito em Minas Gerais.
“Procuramos o Ministério
da Agricultura, IMA e Emater para mostrar que tínhamos a nossa produção de
queijo artesanal e que os produtores queriam estar resguardados pela legislação
para produzir um queijo inspecionado e sair da clandestinidade”, explicou a
secretária municipal de Agropecuária, Abastecimento e Distritos, Walkíria Naves.
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Camaru 2017 tem programação extensa e espera movimentar R$ 55 milhões
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